terça-feira, 5 de julho de 2011

Nomes à venda

Com um lance mínimo de R$ 7 mil, uma espécie de sapo recém-descoberta na Ilha de Madagáscar, na África — e provisoriamente apelidada de Boophis sand — pode ganhar um nome científico que homenageie alguém ou algo de que você goste. Assim foi com a Moraea vuvuzela, planta sul-africana descoberta em 2003 e catalogada ano passado com um nome em homenagem à infame corneta da Copa 2010. 



WEIßKEHLCHEN – R$9.200
Enquanto ninguém abre a carteira, esta iguana peruana fica com nome provisório de passarinho alemão.










MORAEA VUVUZELA - VENDIDO
Planta sul-africana batizada em homenagem à corneta famosa da Copa do Mundo de 2010.






  

O direito de batismo foi comprado das mãos da organização não-governamental alemã Biopat, que está à frente de um curioso mercado: comércio de nomes científicos de espécies de plantas e animais recém-descobertas. A ONG funciona como um grande catálogo e todo o dinheiro arrecadado é revertido para pesquisas. Cientistas e pesquisadores, ao descobrirem uma nova espécie, detalham as características do ser vivo no site biopat.de e interessados pagam para ter o direito de escolha do nome. 



BOOPHIS SAND – R$6.900
Este sapo descoberto na ilha de Madagáscar ainda está à espera de batismo
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MAXILLARIA GORBATSHOWII - VENDIDO
Orquídea batizada em homenagem aos 70 anos do político Mikhail Gorbachev.








As espécies mais procuradas são as borboletas e orquídeas, que custam até R$ 16 mil. O menor preço disponível, R$ 6 mil, compra o batismo de uma barata descoberta ano passado na África. Atenção, porém, ao fazer a compra, pois o cliente precisa explicar quem é o homenageado. “Não se pode colocar o nome da sogra em uma espécie de aranha, por exemplo”, diz Claus Baetke, da Biopat. 



POLYSTACHYA ANASTACIALYNAE - VENDIDO
Orquídea batizada assim por um fã de Anastacia, cantora pop americana.









HYLA JOANNAE - VENDIDO
Homenagem do escritor de ficção científica Alan Dean Foster à sua esposa, JoAnn Oxley
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Os casos mais comuns são de homens que dedicam o batismo às esposas e filhas, empresas que adotam animais como mascote e fãs de bandas de rock que querem eternizar o nome do vocalista (veja alguns casos no quadro acima). Em 11 anos, a Biopat teve 131 batismos patrocinados, mas o mercado é promissor. Estima-se que apenas um décimo de todas as espécies do planeta, 1,8 milhão de bichos e plantas, tenham sido catalogadas. 



Fonte: Redação Galileu

Uma opção para filtrar água

Universidade norte-americana cria método simples, barato e eficiente de retirar impurezas da água


Em julho do ano passado, a ONU votou e aprovou uma sanção que declarou o acesso à água potável como direito universal. Nessa ocasião, a organização divulgou um dado: 900 milhões de pessoas no mundo têm dificuldades de conseguir água limpa. Para ajudar a resolver esse problema a pesquisadora Wei Gao, da universidade norte-americana Rice, desenvolveu um tipo de areia para filtrar a água e deixá-la potável. 

 


Na verdade, a técnica de usar areia para filtrar água já é muito usada em diversas partes do mundo. Funciona quando o objetivo é retirar partículas grandes, mas não retém metais pesados e outras toxinas. O tipo de areia desenvolvido na Universidade de Rice usa óxido de grafite (substância usada na produção de lápis) para filtrar os metais pesados.  

Nos testes, porções de água foram contaminadas com mercúrio e rodamina B (espécie de corante) e passaram pelo filtro de areia com óxido de grafite. O resultado foi que a água ficou tão limpa quanto se tivesse passado pelos filtros “profissionais” que são vendidos nas lojas. O melhor disso tudo é que essa é uma maneira barata e simples para purificar a água. A areia é abundante e o óxido de grafite é produto barato. 

 

Fonte: Redação Galileu